Segundo a concessionária, eles se 'excederam' na estação de Madureira.
Passageiros prestaram queixa de agressão em delegacia.
A SuperVia, concessionária do transporte ferroviário do Rio, informou que quatro agentes de controle suspeitos de agredir passageiros na manhã desta quarta (15) foram demitidos.
Segundo a concessionária, eles se "excederam" na estação de Madureira.
De acordo com a assessoria, a atitude dos agentes não está de acordo com o Código de Ética e Conduta da SuperVia.
A concessionária ressalta ainda que os profissionais são treinados para tratar com respeito e dignidade os passageiros.
Em nota, a Super afirma que "Com relação às imagens dessa manhã, na estação de Madureira, a SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A, informa que os agentes de controle são orientados a coibir tentativas de depredação ao patrimônio público, atos de vandalismo e condutas que coloquem em risco os demais passageiros e a operação regular dos trens".
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A greve dos maquinistas já dura três dias.
Agetransp investiga violência na estação
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está fazendo a mediação entre a SuperVia e o sindicato. Segundo a Agetransp, uma nova proposta da SuperVia deve ser entregue ao sindicato ainda nesta quarta-feira
A Agetransp afirmou ainda que abriu um processo regulatório específico para apurar a violência na estação de trem de Madureira. Segundo a agência, as penas, caso a SuperVia seja penalizada, são simples advertência, multa ou até a recomendação de cassaçao do contrato ao poder concedente, nesse caso, o governo do estado.
Passageiro diz que foi agredido
"Sou trabalhador, acordei às 5h da manhã para trabalhar", desabafou Carlos dos Santos Fernandes, um dos passageiros que diz ter levado socos e chicotadas nesta manhã por agentes da SuperVia, concessionária do transporte ferroviário do Rio, durante o desembarque na estação de Madureira. Ele, e outro passageiro, foram à 29ª DP (Madureira) registrar o caso.
Segundo Carlos, que diz ter sido alvo de socos no rosto e no peito, e chicotadas no braço, cerca de dez agentes participaram das agressões. Carlos contou ainda que dois policiais militares viram toda a ação e nada fizeram para impedir. A vítima afirma que toda a ação, inclusive a suposta inércia da PM, foi filmada por outro passageiro pelo celular.
Procurada pelo G1, a assessoria da PM informou que "está tentando identificar o policial militar que aparece nas imagens a fim de que o mesmo explique o motivo pelo qual não coibiu a ação das pessoas com coletes da empresa concessionária".
O passageiro, que tem 22 anos, mora em Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense, e trabalha como auxiliar de serviços gerais numa loja de móveis em Madureira, diz que pegou o trem por volta das 6h20. Quando chegou à estação foi surpreendido pelo tumulto. "As portas dos vagões estavam abertas. Eu estava tentando saltar para ir para o trabalho, mas os funcionários da SuperVia não deixavam. Tinha até um homem dando soco inglês e a PM não fez nada".
Olavo Dahlskjaer, de 23 anos, disse na delegacia que levou dois socos nas costelas e uma chicotada na perna durante o desembarque em Madureira, além de ter tido a mochila rasgada. "Eu filmei tudo. Aparece a PM parada, não fazendo nada para impedir. Os funcionários bateram em muitas pessoas, inclusive senhoras, mulheres com crianças no colo e idosos. Foi geral. Quem tava na frente, eles davam chicotadas".
A 29ª DP já abriu uma investigação para apurar o caso. Segundo o responsável o inspetor Valdir Rodrigues dos Santos, as duas vítimas serão encaminhadas para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. O inspetor explica também que a SuperVia deve ser oficiada para identificar os funcionários suspeitos de agressão. Após a investigação, o delegado decide se vai abrir inquérito ou não sobre o caso.
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