sexta-feira, 19 de março de 2010

Jogo no Orkut ensina a 'exterminar' focos do mosquito da dengue

Redação CORREIO | Foto: Reprodução

O governo de Minas Gerais criou um jogo no Orkut para alertar para os cuidados no combate à dengue. Em 'Dengue Ville', que pode ser jogado por qualquer usuário da rede social que adicionar o aplicativo ao perfil, o objetivo é realizar ações que irão prevenir a dengue em uma cidade virtual.

O usuário pode escolher um entre quatro avatares e oito cenários (casa, quintal, interior da casa, rua, lote vago, praça, prédio comercial e parque). Para jogar, basta passar o mouse sobre os objetos com água para descobrir quais podem ser clicados.


Jogo no Orkut ensina a 'exterminar' o mosquito da dengue

No primeiro nível, por exemplo, é preciso cuidar de pneus, garrafas e a vasilha dos animais. Tarefas mais “complicadas”, como tirar água da calha e distribuir soro caseiro entre as vítimas da doença, ficam disponíveis em níveis mais avançados. De iniciante, o jogador passa por recruta da saúde, caçador de focos da doença, herói do bairro até o exterminador da dengue. Caso fique muitos dias sem jogar, o avatar aparecerá amarelado, “doente” de dengue. Para continuar a partida, é necessário ir até a unidade de saúde.

Inspirado em jogos como o “Farmville”, do Facebook, e o “Colheita feliz”, do Orkut, “Dengue Ville” tem aspectos semelhantes. Depois da primeira vez em que o usuário vira as garrafas, por exemplo, ele é avisado que precisa repetir a ação em meia hora.

Ao terminar as tarefas, surgem mensagens na tela. “Muito bem. Não deixe nenhum vasilhame sem tampa a céu aberto. Vire a boca para baixo e, de preferência, encaminhe o que for lixo para a coleta pública”.

De acordo com a Secretaria da Saúde de Minas, o jogo quer mostrar para crianças e adultos a importância das pequenas atitudes na prevenção da doença.

“Uma pesquisa da Fundação Osvaldo Cruz mostrou que mais de 90% das pessoas sabem como evitar o mosquito, mas uma porcentagem muito pequena tinha o hábito de colocar essas medidas em prática. O que se conclui é que as campanhas educativas não têm funcionado”, afirma o secretário Antônio Jorge de Souza Marques.

A secretaria também usa o Twitter na campanha contra a dengue na internet, com os perfis @denguemosquito e @matadordadengue. As informações são do G1.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Twitter, 4 anos: 75 milhões de 'seguidores'

12 de março de 2010

Por Rafael Sbarai e Renata Honorato

Às 18h02 (horário de Brasília) do dia 21 de março de 2006, nascia um dos maiores fenômenos tecnológicos e culturais da web. Curiosamente, o Twitter não surgiu para se tornar uma ferramenta popular. Nascido twittr (nome inspirado no site de compartilhamento de imagens Flickr), ele foi criado por Jack Dorsey (programador de software), Evan Williams (fundador do Blogger) e Biz Stone (outro homem por trás do Blogger) como um projeto paralelo de uma empresa de podcasting, a Odeo: a ideia era usar a ferramenta de microblog de 140 caracteres para promover a troca de mensagens de texto no âmbito empresarial. O modelo era o SMS - o torpedo de celulares. Foi muito além. Confira infográfico com números, histórias e depoimentos sobre o serviço.


Em abril de 2007, o Twitter se tornou uma empresa independente. No mesmo ano, começava a febre. Durante o festival de música e cinema para novos talentos South by Southwest, no Texas, a ferramenta faturou o prêmio Web Award - concedido pelos organizadores do SXSW. Na passagem do festival, o número de mensagens - os agora famosos tweets - postadas por usuários saltou de 20.000 para 60.000 ao dia. Em fevereiro de 2010, às vesperas de completar quatro anos, a marca bateu em 50 milhões de mensagem/dia.

Em tão pouco tempo, o Twitter se tornou um espaço de diversão, autopromoção, informação - e, especialmente, compartilhamento. Mais de 75 milhões de pessoas o utilizam em todo o planeta - e com as mais variadas intenções. As celebridades, por exemplo, adoram "segredar" ali o que fazem na intimidade. Mas é um erro deduzir daí que a ferramenta seja dispensável. Em junho, diante da escalada da repressão pelo governo local, os iranianos enviaram ao mundo mensagens de 140 caracteres para revelar um cenário de terror e opressão.

No Brasil, o cenário é animador. Há mais de 10 milhões de usuários, e espera-se para breve o lançamento da versão da ferramenta em português - o que deve atrair ainda mais gente. Confira a seguir um raio-x do tema, com números, fatos, depoimentos de famosos sobre a ferramenta e entrevistas com Vitor Lourenço, único brasileira que trabalha no Twitter, e o jornalista William Bonner - um declarado aficionado no recurso.