sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pedágio e transporte solidário tiram carros das ruas de Estocolmo















Do G1, contribuição de Samir Santana


Trânsito dos sonhos foi inventado lá na Suécia.
Exemplo ajuda a polui menos e é mais solidário.

Na cidade que se orgulha do seu passado, o presente mora no futuro. A velha Estocolmo tem um dos mais modernos e eficazes sistemas de transporte do mundo. Um metrô que raramente atrasa; ônibus movidos a álcool para evitar a emissão de gazes poluentes; bondes elétricos e ciclovias. Até o barco é usado para o deslocamento dos moradores entre as centenas de ilhas que formam a capital sueca.

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Para quem tem necessidade de dirigir, mas não quer usar o carro além do necessário, os suecos desenvolveram um sistema de cooperativa: um carro, muitos donos. A novidade roda pelas ruas de Estocolmo há dois anos. Associações de bairros e condomínios compram pequenas frotas e disponibilizam aos associados.

Pelo celular, os motoristas discam para a sede da cooperativa. O sistema eletrônico emite uma resposta automática diretamente para um receptor instalado no carro. A porta destrava na hora e o motor é desbloqueado. A chave fica disponível no porta-luvas.

“Costumo pegar para ir ao mercado ou para passear nos fins de semana. A vantagem é que não preciso lavar, abastecer, checar o óleo ou trocar pneu. Quem cuida disso é a cooperativa”, elogia uma motorista.

Os carros ficam estacionados em diversos locais. Quando o usuário precisa, é só pegar o mais próximo e andar. Depois, basta devolver em um dos 50 pontos espalhados pela cidade. A cobrança vem na conta do celular: o equivalente a R$ 10 por hora.

“Antes eu tinha meu próprio carro e acabava usando exageradamente. Agora só pego um quando realmente preciso”, compara um motorista.

Apesar de todas essas medidas, ainda tinha carro demais nas ruas. Foi aí que o poder público agiu novamente. Para tentar acabar de uma vez por todas com os congestionamentos em Estocolmo, a prefeitura decidiu implantar um sistema de pedágio: o equivalente a R$ 20 por dia para rodar com qualquer veículo particular no centro da capital sueca. No início a população chiou, mas um plebiscito, feito um ano mais tarde, mostrou que houve mudança de mentalidade. O pedágio foi aprovado por mais de 90% dos eleitores.

A vantagem todo mundo vê: o número de carros em Estocolmo diminuiu em cerca de 35%. A poluição também. O representante do departamento de transportes do governo sueco reconhece: ''São soluções nem sempre baratas, mas com certeza eficientes e duradouras''. O poder público faz a sua parte. A população contribui. E todos vivem mais felizes.

Um comentário:

  1. Obrigado pela lembrança. É meio dificil acreditar que as são assim por lá. Mas, se levarmos em consideração o grau de instrução e educação da população deste lugar, não podemos duvidar. Uma coisa é certa.... no Brasil não rola.

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