segunda-feira, 1 de junho de 2009

Airbus com 228 pessoas a bordo sumiu dos radares sobre o Atlântico.

01/06/09 - 15h02 - Atualizado em 01/06/09 - 16h42

Novo balanço da Air France registra 58 brasileiros a bordo do avião desaparecido


Números sobre a nacionalidade dos passageiros divergem.

Do G1, com informações das agências internacionais e da TV Globo

Novo balanço da companhia Air France dá conta de que há 58 passageiros brasileiros e 61 franceses a bordo do Airbus que ia do Rio de Janeiro a Paris e desapareceu nesta segunda-feira (1) no caminho sobre o Oceano Atlântico.

Cobertura completa: voo 447

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Segundo o site oficial da companhia, também estariam a bordo 1 sul-africano, 26 alemães, 2 norte-americanos, 1 argentino, 1 austríaco, 1 belga, 58 brasileiros, 5 ingleses, 1 canadense, 9 chineses, 1 croata, 2 espanhóis, 4 húngaros, 3 irlandeses, 1 islandês, 9 italianos, 5 libaneses, 2 marroquinos, 1 filipino, 2 poloneses, 1 romeno, 1 russo, 3 eslovacos, 1 dinamarquês, 1 estoniano, 1 gambiano, 1 sueco, 6 suíços, 1 holandês, 3 noruegueses e 1 turco.

A Air France atribui a informação a autoridades brasileiras. A lista oficial de passageiros ainda não foi divulgada.

O voo AF 447 tem 228 pessoas a bordo -216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a companhia. As buscas prosseguem .

Divergências

Mais cedo, relação divulgada pela Air France no Rio informava que há 80 passageiros brasileiros.

A Polícia Federal do Brasil, por sua vez, contabilizou 52 brasileiros a bordo -51 passageiros e um tripulante, segundo a Anac. A nota da Anac informa que havia alguns passageiros com dupla nacionalidade.

Foto: AFP
Parente de passageiro do voo AF 447 é levado a área restrita do aeroporto internacional do Rio de Janeiro. (Foto: AFP)

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Veja alguns nomes de pessoas que estariam a bordo, segundo parentes e empresas

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Os números dos dois balanços da Air France também não batem com os divulgados mais cedo pelo ministro francês de Transportes, Jean-Louis Borloo. Segundo ele, maioria dos passageiros era de brasileiros.


Segundo Borloo, além dos brasileiros, haveria entre 40 e 60 franceses e 20 alemães. Fontes da imprensa também citam seis dinamarqueses, cinco italianos, três marroquinos e dois libaneses, mas ainda não há confirmação oficial. O premiê britânico, Gordon Brown, disse temer que houvesse britânicos a bordo.

Foto: AP
AP
Foto de arquivo, não datada, mostra o avião Airbus A330-200, matrícula F-GZCP, que desapareceu nesta segunda-feira (1) sobre o Oceano Atlântico. (Foto: AP)

O voo AF 447, que levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a empresa, deveria ter pousado às 6h10 (horário de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Anteriormente, a empresa havia informado sobre a presença de 15 tripulantes.

Entre os 216 passageiros, há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens. A companhia disse que a aeronave estava em uso desde 2005, tinha 18.870 horas de voo e passou por manutenção técnica pela última vez em 16 de abril.


A companhia Air France informou que o avião mandou uma mensagem automática às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica.

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O aviso teria sido mandado depois que o avião comercial, um Airbus 330-200, atravessou uma área de tempestade, em que enfrentou forte turbulência.

François Brousse, diretor de Comunicação da empresa, disse em Paris que a hipótese "mais provável" é que a aeronave tenha sido atingida por um raio.

O diretor-executivo da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse que possivelmente se está "diante de uma catástrofe aérea".

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O comandante, segundo a Air France, tinha 11 mil horas de voo. Os copilotos tinham 3 mil e 6,6 mil.

A Air France colocou à disposição de familiares um telefone que centraliza informações sobre o acidente:


0800 881 2020 para o Brasil
0800 800 812 para a França, e + 33 1 57 02 10 55 para outros países

Leia nota da Air France sobre o acidente

Parentes de passageiros estavam sendo encaminhados para uma área especial do aeroporto Charles de Gaulle.

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A Air France repassou ao Bureau de Investigação e Análises para a Segurança de Aviação civil , organismo responsável na França pelas investigações técnicas sobre acidentes e incidentes da aviação civil, e para a Airbus, fabricante do avião, as informações que tem em seu poder sobre o desaparecimento.

Buscas

Foto: Arte G1
Arte G1
Mapa divulgado pela Força Aérea Brasileira mostra o que se sabe até agora sobre o desaparecimento. (Foto: Arte G1)

O voo, que começou o procedimento de voo às 19h03 do domingo e decolou às 19h30, segundo a Aeronáutica, fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III) a 565 km de Natal, informando que entraria no espaço aéreo de Dacar, no Senegal, às 23h20 de Brasília, segundo a Aeronáutica.

Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura do Cindacta, as informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 11 quilômetros de altitude e a uma velocidade de 840 quilômetros por hora.

Leia a íntegra da nota da Aeronáutica

Os controles aéreos civis brasileiro, africano, espanhol e francês tentaram estabelecer contato com o voo, mas não obtiveram sucesso.

Três aviões da Força Aérea Brasil e três navios da Marinha já começaram as buscas pelo avião . Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, as buscas foram iniciadas ao nascer do sol. “Aeronaves da Força Aérea Brasileira, a partir de Fernando de Noronha, no sentido de Paris, buscam a aeronave desaparecida”, disse Munhoz.


Segundo o coronel, o avião não foi detectado nos radares da Ilha do Sal, que fica no meio do caminho entre Brasil e Europa. “Em consequência disso, a Força Aérea Brasileira foi acionada durante a madrugada para que as buscas fossem iniciadas com o nascer do sol.”

O assessor da Aeronáutica explica que o departamento de controle do espaço aéreo tem uma cobertura que corresponde a três vezes a dimensão do Brasil. Boa parte do Oceano Atlântico está sob a responsabilidade do país, de acordo com tratados internacionais. Portanto, as buscas estão a cargo do país.

Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o avião pode estar fora do perímetro brasileiro. “Se o piloto estava seguindo para Paris, a 800 km/h, ele estaria perto de pousar, cerca de quatro horas do procedimento de pouso. É muito provável que ele esteja no perímetro dos continentes europeu e africano.”

Uma aeronave militar francesa deixou Dacar, no Senegal, para tentar localizar o avião , informou a embaixada da França naquele país africano.

Um avião da guarda civil espanhola somou-se nesta segunda-feira às buscas do A330 da Air France que fazia o voo Rio-Paris e que desapareceu no oceano Atlântico, informou o ministério espanhol do Interior.

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Foto: Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo
Painel do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, aponta o voo AF 447 como atrasado. (Foto: Reprodução/TV Globo)

O ministro francês do Desenvolvimento, Jean-Louis Borloo, disse em entrevista à radio France Info que, infelizmente, deve-se esperar pelo "mais trágico cenário", uma vez que a reserva de combustível do avião já deve ter acabado. Ele também descartou a possibilidade de sequestro e disse que o mais provável é que tenha havido um acidente.

O governo francês montou uma "célula de crise" no aeroporto para acompanhar o caso.

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